quinta-feira, 15 de julho de 2010


Era domingo, dia em que podia dormir até mais tarde, acordar com preguiça e dormir mais um pouco, mas não neste domingo. Acordou cedo e disposta. Pouco mais de oito horas da manhã, abriu os olhos, sentou-se na cama e olhou o céu azul lá fora, dia lindo, pensou, dará tudo certo.
Lembrou-se da breve conversa que tivera com ele na noite anterior, relembrava cada palavra, cada frase e ansiosa deixou que o otimismo a invadisse.
Havia aberto a ele seu coração, disse-lhe todo o amor que por ele sentia e que ali estava a sua espera. Disse a ele que cansada estava de enganar-se e que não poderia ter apenas sua amizade, queria mais, o queria por inteiro e estava decidida a conquistá-lo.
Os avisos de amigas relembrando os erros do passado e as lágrimas derramadas, a voz de seu coração que prenunciava uma nova cicatriz, nada disso bastou-lhe, queria, precisava viver esse sentimento plenamente.
O dia passou arrastado, tentou ficar mais bonita, escovou os cabelos, após tomar um banho demorado, pintou as unhas e perfumou-se delicadamente. Ligou o rádio e ouviu uma canção, leu seu horóscopo no jornal e agarrou-se em livros para passar o tempo.
Quando olhou novamente no relógio, já passavam das dez horas da noite. Pois é, ele não veio. Sentiu uma dor forte no peito e uma vontade de chorar. Em sua mente vieram as lembranças como em um filme: as risadas, o cafuné, os abraços e brincadeiras, o último beijo e a ilusão.
Despertou com o som do telefone. Correu para atendê-lo, era ele. Foi uma conversa breve. Ele reafirmou gostar dela, mas disse não estar preparado para um relacionamento, creio que ele nunca esteve, nem estará pronto para relacionar-se com ela, contudo, nunca deixou isso muito claro. Disse algumas coisas a mais depois disso, mas a dor fez com que ela perdesse a audição e a fala. As palavras, já sem sentido, saiam com dificuldade. A primeira lágrima escorreu em sua face e ela desligou o telefone.
Apagou as luzes da casa e sentiu-se sozinha como jamais havia se sentido. Entrou no quarto, sentou-se na cama e chorou silenciosamente. Ficou ali, estática, por horas, acreditando que junto com as lágrimas poderia tirar do peito esse amor não correspondido.
Sentia o peito abrir-se e uma angústia profunda a dominara. Precisava sufocar esse sentimento que a invadira, sabia que a única alternativa era esquecê-lo. Lembrou-se de todas as tentativas anteriores, das decepções e finalmente percebeu que aquela história precisava de um ponto final e que a caneta estava em suas mãos.
A noite nunca fora tão silenciosa e vazia, as lágrimas há tempos não tinham gosto tão amargo. Decidiu por pingar no final daquela noite um ponto firme e único. Deu com esse gesto adeus às ilusões. Prometeu naquele instante pintar-se de cinza e nunca mais apaixonar-se.
Temo que ela cumpra essa promessa e desacredite do amor para sempre. Temo mais ainda que esse ponto final seja um obstáculo para novas histórias de amor.
No mais, me resta observá-la todos os dias. Verei com cuidado qual é sua cor e no dia em que ela estiver cinza, chorarei tristemente a perda de, talvez, uma das últimas românticas deste mundo, restará então o cheiro de tinta fresca e um novo olhar para os casais apaixonados.

mensagem para você


Você foi meu maior erro, escondeu de mim uma paixão durante um ano inteiro, depois me disse, entre uma crise de raiva e de amor, que gostava de mim. Eu acreditei. Não conseguia te ver de forma diferente, você era um dos meus melhores amigos, mas eu sentia a todo tempo que existia algo a mais, mas nunca te contei, só depois. A história também não me interessa mais agora, contaria em detalhes por saber que você não irá ler isso, mas não me interessa mais. Te dei atenção, te coloquei nos meus planos, na minha vida, não saía da minha mente, da tela do meu celular, de todos os meus dias, você foi um erro, mas não parecia. Eu não te amei, você sabe. Amor eu vou sentir uma vez só e não é por você. Eu me apaixonei, me apeguei. Mas acabou. Agora eu sinto alívio por isso! Não gosto mais de você, e não somos mais amigos, não precisa dizer que não foi sua culpa, a culpa foi minha (talvez). Eu queria te esquecer, fazer de você e de lembranças um sonho, que eu acordei e agora estou pronta pra durmir e sonhar de novo. Mas quando eu consigo finalmente pensar em outro, você vem e aparece e acaba com tudo, faz eu sentir de novo aquele frio na barriga de quando eu fiquei perto de você. Sim, eu briguei com você, você me disse coisas estúpidas, que eu não acredito ainda. Falei pra você também. Agora, eu sinto ciúmes de te ver fazendo as mesmas coisas que fazia comigo, com as tuas amiguinhas, cumprimentando, se dando tão bem, rindo, piscando, isso me dá uma raiva e torce o meu pescoço na hora que eu viro pra trás e vejo um passado marcado pra mim, porque pra você…? Ha, será que marcou alguma coisa? Eu sinto raiva de sentir ciúmes, afinal não gosto de você. Corre atrás de quem quiser, finalmente depois de dois anos eu acho que você desistiu. Não vou e não quero sentir falta. Não tenho coragem de te xingar… mas chorei por tua causa tantas noites, tantos dias, agora… Isso não tem importância, agora você é passado. E não quero sofrer mais nem um pouco por sua causa. Eu preciso é me apaixonar novamente, até agora não consegui, mas sei que vou. Não dizem que nada como um novo amor pra esquecer um velho? Então. Eu vou tentar.

Desculpa, eu deveria não ter te dado ouvidos e não ter acabado com uma amizade tão bonita.

domingo, 4 de julho de 2010

Por acaso...

Por acaso você já viu...Uma taça de vinho dizendo que vai te ligar no outro dia, e não liga? Ou uma coca cola dizendo que é jovem demais pra se envolver? Ou uma latinha de cereija pedindo um tempo pra decidir se realmente é aquilo mesmo que quer? Ou ainda uma garrafa de guarrana dizendo que você é a pessoa certa na hora errada? Por acaso uma garrafa de sei la o que já beijou alguém na tua frente? Não né?Francamente... Vamo fazer alguma coisa, porque amar tá uma merda..........................